791691861393943
top of page

CELIBATO INTENCIONAL

  • 18 de mar. de 2024
  • 8 min de leitura

Atualizado: 28 de dez. de 2024

Eu me lembro exatamente da última vez que transei: era lua cheia e eu estava muito menstruada. Cheguei a dizer isso para ele, e obviamente que não tivemos nenhum problema, ao contrário, foi muito gostoso e divertido, e ao mesmo tempo, foi o último cara legal que apareceu para mim.


Depois dele, os 5 meses seguintes foram terríveis. Os homens interessados eram casados, mulherengos, cheios de filhos, enrolados, sem dinheiro, fora de forma, sem propósito, quando não era uma mistura de tudo isso junto. E aí eu me perguntei: o que está acontecendo para eu atrair tanta porcaria? Por que as boas opções sumiram do meu cardápio?


Eu não sabia o que estava acontecendo, mas entendi rapidamente o sinal das deusas: não adianta, Renatha! Não vamos te oferecer homens interessantes para você se relacionar. Por que você não fica sozinha? Pare de transar por um tempo, poxa! Se você não quer um relacionamento de verdade, para que ficar levando essa vida de contatinhos que você tem há décadas? Está na hora de mudar esse padrão de relacionamentos que você tem quando está solteira.


É verdade! O recado era claro: não existiam boas opções disponíveis para mim, e eu não queria me relacionar com o que sobrou. Eu havia terminado meu último relacionamento há pouco mais de 1 ano, tínhamos morado juntos por quase 2 anos e depois que fiquei solteira novamente, eu não queria engatar em outro relacionamento, só me divertir casualmente. 


Nessa época, eu tinha acabado de me mudar para uma casa melhor e era a primeira vez que eu morava sozinha de verdade, sem família, filho, amiga ou namorado. Estava tão feliz por viver essa experiência! 


Então eu me perguntava: por que eu tenho essa necessidade de me trocar sexualmente com homens com certa frequência? Claro que o sexo tem suas vantagens: o beijo, o toque, a troca com o outro corpo… diferente de se tocar sozinha, de criar fantasias, se dar prazer. Um não é melhor do que o outro, eles são diferentes e complementares, entretanto, para que trocar minha energia sexual com outra pessoa se eu poderia tê-la toda para mim e meus projetos? A energia não é a mesma - sexual e criativa/criadora? O que eu estava buscando não era a minha realização material? Eu não deveria aproveitar o momento e focar totalmente no que eu vim fazer na Bahia? 


Eu já estava há 5 meses sem transar, subindo pelas paredes! Todavia, agora já não era uma questão de flertar ou esperar alguém chegar. EU é que não queria ter nenhum homem na minha cama, fosse quem fosse!


Decretado intencionalmente o celibato em Setembro/Outubro de 2022, logo que minha gatinha havia morrido, comecei a menstruar na Lua Crescente, a lua de Ártemis, a deusa virgem que não queria se relacionar com nenhum homem na vida, a caçadora que amava viver sozinha na floresta, correndo livre, cuidando de sua beleza junto a outras mulheres.


Não existem coincidências! Na época eu não vi nada disso, mas hoje, revisitando meu diário menstrual, notei a sincronicidade de acontecimentos (benefícios de quem escreve em diário e anota todas as datas lunares da menstruação no calendário lunar - só baixar gratuitamente).


No mesmo mês que decidi entrar em celibato, comecei a pagar por uma viagem que gostaria de fazer no futuro, um sonho de muitos anos e que eu queria de alguma forma manifestar e colocar minha energia todo mês. 


No mês seguinte, Novembro, eu achei o terreno que estava procurando na Bahia desde a época da Chapada Diamantina! Achei o terreno perfeito, na verdade mais que perfeito! Era muito melhor do que o que eu poderia imaginar e no lugar que eu mais amava. Já tinha visto muitas terras na Bahia, mas igual àquela não! Me lembro de caminhar na praia e dizer para Iemanjá que eu ia ficar com aquele pedaço abençoado de terra, que eu ia me rebolar para pagar, mas que ele seria meu e eu não perderia essa oportunidade de jeito nenhum!


Em Dezembro, recebi a proposta para trabalhar no paraíso da Ponta de Juacema, ganhando o dobro do que recebia no emprego anterior e trabalhalhando com mais qualidade. Moraria numa casinha vermelha no meio da Mata Atlântica, sem pagar nada!


Pois bem, deusa! Eu estava nadando na abundância e prosperidade! Eu tinha o dinheiro e os sonhos sendo realizados! Entretanto, não atribua todas essas realizações unicamente ao celibato, por favor! Assim, você estaria invalidando todos os meus esforços anteriores. Para me tornar gerente da Ponta de Juacema, eu passei por muitos lugares: fui garçonete, caixa, recepcionista, supervisora. Para morar na casinha vermelha, eu fiquei muito tempo sem geladeira e morando numa casa com muito mofo. Antes de ter o dinheiro para pagar a viagem, eu passei anos na Bahia sem férias e sem viajar para lugar nenhum. E antes de encontrar o terreno ideal, eu gastei muitos dias de folga procurando terrenos que nunca fizeram meus olhos brilharem!


Sim, o celibato tem seu crédito, mas eu paguei muitos preços altos para conseguir tudo o que eu queria e entendi, por meio desse processo celibatário, que eu posso manejar a energia sexual para realizar qualquer coisa que eu desejar!  


Durante o ano de realizações, eu pude entender o quanto a minha energia sexual era pura potência. Com as contas para pagar, eu passei o ano todo trabalhando muito em diversos projetos (que eu também chamo de caçadas para fazer correlação à Ártemis). Tinha o meu Projeto número 1, que era a Ponta de Juacema, o Projeto 2, uma consultoria em Experiência do Cliente, e o Projeto 3, minha página digital com as mentorias e conselhos com cartas. Eu trabalhava manhã, tarde, noite e madrugada (cheguei a postar alguns stories às 6h da manhã fechando o computador e saindo para correr na praia antes de começar a trabalhar de novo).


Cada Projeto era para mim um tesão! Eu tenho muito tesão no que faço! Meus dias de descanso se resumiam a gastar meu tempo que nem Ártemis: cuidando de mim, das unhas, da pele, do cabelo, da minha inteligência, do meu corpo, dançando nua na frente do espelho depois de tomar uns vinhos e passando horas lambendo as minhas planilhas e listas de tarefas dos próximos dias, além de ficar falando sozinha e tendo infinitas ideias que me empolgavam a ponto de virar as noites e não conseguir pensar em outra coisa se não no trabalho!


Eu nunca tive um burnout! Sei respeitar os dias de descanso do primeiro dia de menstruação, dormir até mais tarde num domingo de folga, ficar na lagoa só sentindo a natureza e o estado de presença, correr na praia, treinar e praticar ioga e outras formas de descanso ativo que me fazem muito bem! Isso garante nossa sanidade mental!


No final do ano passado, quando decidi ir embora da Bahia, eu estava muito focada em fechar todos os meu ciclos aqui. E um deles era o celibato. Justo, não? Eu sabia que não seria tão simples assim achar alguém que valesse a pena, ainda mais morando na fazenda, isolada de tudo e todos! 


Só que o meu nível de conexão com a natureza é tão forte que bastou pensar, para em poucos dias, um pretendente se manifestar! Numa ida ao mercado, um rapaz desatento bateu no carro que eu dirigia. Ele estava viajando de carro com sua dog Kali Durga. Depois de auxiliá-lo, conversamos um pouco e houve uma leve conexão. Quando ele bateu no carro, eu sabia que havia um sinal ali, mas quando ele disse que era do Rio do Janeiro, pensei: opa! Esse rapaz surgiu para mim. Tem alguma oportunidade nesta conexão, mas eu ainda não sei qual é! Pensei isso porque eu já estava com a viagem marcada para o RJ para fazer meus retiros de silêncio. 


Daí, ao contar sobre meus retiros de ioga e meditação no Rio de Janeiro, ele me falou que já tinha ido à Índia e passado um tempo num Ashram, que cantava mantras e tinha inclusive um presente para mim: um livro que ele havia terminado de ler naquele dia chamado O Poder do Silêncio. Depois ele me mostrou uma tatuagem com os números 11/11. Aquele dia era dia 11/01.


Eu folgava no domingo e ele se convidou para passar o dia comigo. Aceitei. Ele dormiu lá em casa com a Kali Durga (no quarto de visitas, tá?) e passamos a noite estrelada falando sobre meditação, autoconhecimento, viagens e tudo de mais interessante que eu amo e há muito tempo não conversava sobre isso com alguém, de tão isolada do mundo que eu estava, focada apenas em meu projetos. No dia seguinte, ele pegou o ukulele e cantou um mantra que levava meu nome! A única música que eu conheço com o meu nome é Renata Ingrata, mas ele teve a proeza de entoar um mantra em indiano que levava O MEU NOME!!! 


Aos poucos ele foi se superando e mostrando para o que veio. Na noite seguinte, dormimos juntos, mas não chegamos ao ato em si. Eu não me senti preparada, apesar de ele ter sido um fofo o tempo todo comigo. Ai dele se forçasse algo, mandava embora! Para mim, aquela ainda não era a hora. Eu tinha acabado de conhecer o cara, jamais cederia tão fácil assim. 


A mulher deve estar sempre no comando do movimento sexual. A ideia é segurar o máximo e fazer o homem morrer de tesão. Aí sim o sexo vale a pena! Aí sim a gente tem tesão de verdade porque ambos têm que querer muito. E quem define a hora certa de acontecer é a mulher!!!


Depois que ele foi embora, deixou esquecido na praia o seu japamala, banhado no Rio Ganges e que agora é meu (fui presenteada). Horas depois eu estava numa mentoria com a minha Cigana e ela me pediu para fazer um ritual para Kali Durga com um japamala. E eu não tinha sequer chegado na parte de contar a ela sobre o cara que eu tinha conhecido.


Não, deusa! Não existem coincidências. A gente está chamando e emanando energia o tempo todo, e os sinais estão nos dando o caminho a ser seguido. Quantas vezes você não recebeu os sinais, e desatenta, fez o contrário? Ou talvez o seu olhar intuitivo não esteja sensível a ponto de ver a natureza falar contigo!


O Rio tá aí e logo vamos nos reencontrar. Entretanto, honestamente, ainda  não sei se vai rolar alguma coisa. Não quero dar garantias a ele e nem me obrigar a fazer algo que talvez eu mude de ideia. Vai saber? Não gosto de criar expectativas para nada! Porém, reservei um chalé lindo na noite de lua cheia com eclipse lunar em Paraty e comprei um vinho caríssimo para dar aquela ajuda, né?! kkk caso eu mude de ideia.


Minha deusa, a lição mais importante nisso tudo é que existe um preço para ter a vida que desejamos. Todo mundo sabe qual é o preço das coisas, os sinais estão aí te dizendo o que fazer, seu coração sabe o que precisa ser feito, mas é mais gostosinho ficar na zona de conforto do óbvio, da rotina de todo dia.


Foi nos meus 2 anos de Celibato que eu DEI MUITO!!!! Dei muito de mim para criar a minha realidade e manifestar todos os meus sonhos! 


Você teria coragem de passar um tempo sem se relacionar sexualmente de forma a direcionar a sua energia criativa para os seus projetos pessoais, seja na realização material, emocional, mental ou espiritual?


Pense sobre isso, considere como uma experiência de vida e veja o que acontece! E depois volte para me contar. 


Beijos!


(VEJA O VÍDEO ABAIXO PARA CONHECER MAIS SOBRE A IMERSÃO CELIBATO INTENCIONAL)



 
 
 

2 comentarios


Miembro desconocido
22 mar 2024

Re, mas nesse período do celibato, houve auto toque?

Me gusta
Miembro desconocido
25 mar 2024
Contestando a

Oi deusa! Sim, claro! O auto toque foi parte do meu processo de aprender a me dar prazer. A masturbação para a mulher é um tabu e poucas conseguem chegar ao orgasmo sozinhas. Porém, para os homens é bem mais aceito, já notou? Com a ausência de um parceiro que me desse prazer, eu aprendi muito sobre as minhas fantasias sexuais e conheci o meu corpo com mais intensidade (mesmo me tocando há muitos anos). Foi um processo bem diferente e parte do meu autoconhecimento, sabe? Eu também tive trocas de carícias com 2 homens nesses 2 anos, mas não chegamos ao ato em si, só uns beijos, uns agarros e uns amassos mesmo kkk! 😂😍

Editado
Me gusta
bottom of page